quarta-feira, 20 de julho de 2016

A origem da palavra trabalho

O tripálio
Do latim tripalium, termo formado pela junção dos elementos tri, que significa “três”, e palum, que quer dizer “madeira”. Tripalium era o nome de um instrumento de tortura constituído de três estacas de madeira bastante afiadas e que era comum em tempos remotos na região europeia. Desse modo, originalmente, "trabalhar" significava “ser torturado”.

No sentido original, os escravos e os pobres que não podiam pagar os impostos eram os que sofriam as torturas no tripalium. Assim, quem "trabalhava", naquele tempo, eram as pessoas destituídas de posses.
A idéia de trabalhar como ser torturado passou a dar entendimento não só ao fato de tortura em si, mas também, por extensão, às atividades físicas produtivas realizadas pelos trabalhadores em geral: camponeses, artesãos, agricultores, pedreiros etc.
A partir do latim, o termo passou para o francês travailler, que significa “sentir dor” ou “sofrer”. Com o passar do tempo, o sentido da palavra passou a significar “fazer uma atividade exaustiva” ou “fazer uma atividade difícil, dura”.
Só no século XIV começou a ter o sentido genérico que hoje lhe atribuímos, qual seja, o de "aplicação das forças e faculdades (talentos, habilidades) humanas para alcançar um determinado fim".

Com a especialização das atividades humanas, imposta pela evolução cultural (especialmente a Revolução Industrial) da humanidade, a palavra trabalho tem hoje uma série de diferentes significados, de tal modo que o verbete, no Dicionário do "Aurélio", lhe dedica vinte acepções básicas e diversas expressões idiomáticas.


A Enxada e a Lança - Alberto da Costa e Silva

Começa na pré-história do continente africano, que se confunde com a própria pré-história do homem, e termina em 1500, época em que muitos outros livros de história começam. Somente uma frase a última, depois de mais de novecentas páginas permite antever o início da era moderna, mais próxima e mais conhecida: “Não se estranhará, por isso, que os congos,e talvez outros povos antes deles, confundissem com baleias as formas bojudas que se aproximavam de suas costas e traziam os portugueses”. Apoiado em vastíssimo material arqueológico,antropológico e histórico pouco conhecido no Brasil, A enxada e a lança descreve povos e etnias, técnicas agrícolas e de navegação, expressões religiosas e artísticas,reinos extintos, cidades desaparecidas, costumes e crenças, línguas e dialetos, tratando sempre da África negra

Texto: Estante Virtual

 A enxada e a lança

quarta-feira, 13 de julho de 2016

Estamos retrocedendo ?

Estamos retrocedendo

http://www.sindsep.org.br/site/wp-content/uploads/2015/09/retrocesso-300x220.jpg


Olá caro visitante.


Se você chegou até esse blog hoje, e queria entender um pouco sobre as conquistas para o trabalhador (as pessoas) sobre aquilo que lhe tem de mais preciso (não que a saúde não seja) seu tempo, então vale apena para um pouco, ler e depois pensar se estamos retrocedendo.

Princesa Isabel
Bom de 1500 até 1888, o nosso Brasil era um país escravocrata (o ultimo por sinal a acabar com esse sistema, e ainda sim por pressão da Inglaterra, ou seja, esqueça que a princesa Isabel estava sendo boazinha). Em 1891 temos a nossa constituição do Brasil republica, e talvez por força do habito de um país escravista, afinal foram 3 séculos neste regime. Não existe em nenhuma linha, nada referente ao trabalhador: direitos, deveres, assistência, manutenção, esqueça nada disso estava escrito e a classe trabalhadora estava totalmente desassistida.

No começo do século XX era normal que se trabalhasse até 16 horas por dia - então vamos lá - não existia leis, o empresaria na época podeira explorar seu funcionaria 16 horas por dia, sete dias na semana totalizando 112 horas por semana (isso é uma teoria, mas pode ter acontecido ou aconteceu). Com a chega do imigrantes italianos, chega também a ideia do anarquismo, e esse movimento vai colocar um "freio na exploração do trabalhador brasileiro".


Os empresários começam fazer manobras, contratando mulheres e crianças por acharem que seria mais faceís de "domá-los" e pagavam menos do que pagaria a um homem. Porem nada isso adiantou, em 1º de maio de 1907 acontece a primeira greve geral. Essa greve teve participação direta dos anarquistas. Como ? As ideias anárquicas eram difundidas nas escolas com a criação da Escola Moderna em varias cidade brasileiras, com a distribuição de um jornal anarquista chamado "La Ballaglia" e as peças teatrais que encenava a exploração do trabalhador. Alguns dos responsáveis foram os italianos, Oreste Ristori e Gigi Damiani (ambos expulso do país posteriomente)








Somente na constituição de 1934 o então presidente Getúlio Vargas, inseriu as leis trabalhistas, pouca coisas com relação as que foram inseridas até a de 88, mas para uma nação que estava sendo explorada, as novas leis eram um grande avanço. Não podemos esquecer de citar aqui que o ministério do trabalho que só foi criado em 1930. A nossa conhecida Consolidação das Leis Trabalhista - CLT, foi sancionada em 1º de maio de 1943 também por Vargas. Outros benefícios também foram inseridos mas deixaremos para uma próxima matéria. 



Vamos então olhar o que diz a constituição de 34 com relação a jornada de trabalho. 

Art 121 - A lei promoverá o amparo da produção e estabelecerá as condições do trabalho, na cidade e nos campos, tendo em vista a proteção social do trabalhador e os interesses econômicos do País.
§ 1º - A legislação do trabalho observará os seguintes preceitos, além de outros que colimem melhorar as condições do trabalhador:
 c) trabalho diário não excedente de oito horas, reduzíveis, mas só prorrogáveis nos casos previstos em lei;
Nenhuma outras constituição muda esse critério de carga horária, poderia aqui cita todas as outras. No entanto o presidente da confederação nacional das industria, sugeriu ao presidente interino Michel Temer que o Brasil adote a carga horária de 80 horas semanais o que vai dar 12 horas diárias. Agora vamos lá, se você leu até aqui percebeu o quanto de luta e resistência ocorreu até a década de 30 serem criadas algumas coisas, e de repente em 2016 - 82 anos depois querem retirar um direito conquistado com muita luta, suor, sangue e vidas. E a conta é muito fácil, o dia tem 24 horas, de acordo com a ciência você precisa de 8 horas de sono, logo só lhe resta 16 horas, o governo que lhe dar 12 horas de trabalho, agora você só tem 4 horas, para ir e volta de sua casa gasta-se 2 horas(na melhor da possibilidade) então as 2 horas restante que você tem talvez de pra vc ler um livro; assistir um jornal; dois capitulo de sua serie favorita. 

Não há duvida que esse plano de 12 horas diária e uma afronta a sociedade que nos últimos anos se profissionalizou e passou a competir no mercado que exige formação superior e de maneira mais igual, deixando muitas vezes o filho do burgues sem emprego. Lhe tirar 4 horas do seu dia e a prova que os programas de incentivo ao estudo como: Fies e Prouni estão dando muito dor de cabeça aos empresários que precisão de funcionários que possam exigir mais e pagar muito menos. O que estamos vendo aqui e um retrocesso, pois começamos a brigar por nosso direito assim que acabou a escravidão em 1888. Não podemos permitir este retrocesso.

 Não iremos retroceder.





Texto: Fabricio Moreira - graduando em História. 

Referencias: